A psicóloga

Todas as vezes que busquei uma psicóloga na minha vida, sempre procurava pistas de que tipo de pessoa ela era. É importante nos sentirmos confortáveis pra conversar com alguém e acho que às vezes ajuda saber um pouco mais.

Eu sou a Íris.
 

Sou de São Paulo, mas moro em Campinas, com meu companheiro, nossa horta, cachorros e galinhas. Acho que isso dá uma dica de que talvez eu seja muito contemplativa, meditativa. As pessoas que eu atendo frequentemente dizem que eu sou tranquila, que eu escuto muito e falo com calma. Mas aquelas que buscam algo mais dinâmico sabem que eu também gosto muito de propor “exercícios” (desenhos, textos, frases, sonhos, movimentos). Acho que no fundo sou alguém que tende a seguir o ritmo do outro e se mantém aberta a possibilidades.
 

Por outro lado, meus amigos me conhecem como alguém de convicções muito firmes. Principalmente em relação a direitos humanos, feministas, antirracistas, LGBTQIA+. Eu tenho um irmão com Síndrome de Down e uma irmã que é lésbica e desde cedo eles me aproximaram de questões sociais. Aos poucos isso foi se ampliando, com minhas próprias vivências, e se tornando um foco no meu trabalho também. Já na faculdade atuei em áreas relacionadas e na pós-graduação me voltei à saúde pública. Neste período, morei na Alemanha por 5 anos, e também me envolvi muito com questões de migração, deslocamento e refúgio. Política e movimentos sociais são parte de quem eu sou, dentro e fora da profissão. 
 

Queria terminar dizendo que a linha da psicologia que eu escolhi para atuar é um reflexo de tudo isso. De algo mais contemplativo, mas também com movimento. De algo muito flexível e espontâneo, mas que também valoriza limites importantes. Uma terapia que acolhe diferentes sentimentos e formas de existir, enquanto se mantém crítica de opressões sociais. Caso queira saber mais, na aba A Terapia aqui no site eu falo um pouco sobre a linha humanista que eu pratico, a Gestalt. É só uma das muitas abordagens possíveis na psicologia, mas gosto de apresentá-la junto comigo porque escolhas profissionais podem dizer muito sobre a nossa visão de mundo e de ser humano. Esta definitivamente diz muito sobre mim.